Confiança da Indústria Brasileira cresce pelo quarto mês consecutivo, aponta CNI.
Complexo Industrial Ford Nordeste em Camaçari – Alberto Coutinho/GOVBA
A confiança do Empresário Industrial (ICEI) voltou a subir em agosto e permaneceu acima dos 50 pontos em todos os 30 setores industriais brasileiros, segundo uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira (24).
O resultado representa a quarta alta consecutiva registrada pelo setor, após forte queda ocasionada pela pandemia de Covid-19. O ICEI varia entre zero e 100 pontos, sendo que valores acima de 50 pontos indicam que os empresários estão confiantes com o futuro do setor e no melhor cenário econômico para os próximos meses.
“A avaliação positiva é influenciada pelo andamento da vacinação e expectativa de bons efeitos disto na atividade econômica, além da recuperação que já se vê agora”, explica Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.
Fonte: CNN Brasil.
A Confederação Nacional da Indústria mostra que, em uma década, ocorreu uma importante desconcentração da indústria brasileira, com redução da participação da região Sudeste no PIB industrial e um aumento na participação das demais regiões geográficas, Sul, Centro-Oeste, Nordeste e Norte.
Nesse movimento, São Paulo perdeu 5,5 pontos percentuais de participação na produção da indústria de transformação no Brasil, principal segmento industrial do País. A maior queda entre os 26 estados e o Distrito Federal. O Rio Janeiro obteve o segundo pior desempenho, com recuo de 1,1 ponto percentual.
De acordo com o economista-chefe da CNI, Renato da Fonseca, São Paulo continua sendo o principal produtor industrial do País, mas a indústria brasileira tem migrado do Sudeste, que perdeu 7,5 pontos percentuais na indústria de transformação, principalmente para as regiões Sul e Nordeste, que aumentaram 3,2 pontos e 2,8 pontos respectivamente. São Paulo responde por 38,14% do valor adicionado da Indústria de transformação, o segundo colocado, Minas Gerais, tem 10,10%.n Diversos fatores contribuem nesta migração, entre os principais: logística, custo de mão de obra e custo dos imóveis.
As áreas industriais no Paraná estão como as mais baratas, além do custo de mão de obra, dentre os outros Estados da Região Sul.